quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Portuários decidem nesta quarta-feira se partem ou não para a greve

Sindaport - 10/08/2011



Os empregados da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) vão decidir hoje (10) se fazem operação padrão ou decretam greve. A decisão será tomada em assembleia na sede do sindicato. Os portuários, empregados da Codesp, têm data base em 1 de junho, porém, segundo a assessoria de imprensa do sindicato, até agora a companhia não apresentou nenhuma proposta de negociação. A categoria também contesta a forma como a empresa quer implantar o realinhamento salarial.

Segundo o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, antes da assembleia, o sindicato vai se reunir às 15h30 com a Codesp em mesa redonda na Gerência Regional do Trabalho. “Esperamos que a Codesp apresente alguma proposta durante a mesa redonda. Caso contrário, caberá à categoria decidir qual caminho irá seguir”, diz o sindicalista.

Everandy Cirino critica a forma como a Codesp vem conduzindo a atual Campanha Salarial. “Quem conhece um pouco da negociação salarial com a Companhia Docas deve lembrar que, pelo menos nos últimos 20 anos, a empresa sempre adotou uma conduta padrão quando o assunto era campanha salarial”, afirma.

Segundo ele, há anos a empresa segue o mesmo trâmite: convocava os sindicatos para reunião nas dependências da empresa; fazia uma ata formal da reunião e entregava o documento aos sindicatos, mesmo quando não havia autorização de Brasília para propostas ou índices de reajustes; e na Codesp registrava em ata que o acordo estava formalmente prorrogado, aguardando sinalização dos ministérios ou órgão competentes de Brasília. Daí com o aval do Governo, reuniões de negociação eram realizadas até a formalização do acordo coletivo.

“No entanto, até agora, a Codesp não convocou os sindicatos oficialmente para sequer uma reunião de negociação. O Sindaport por sua vez, tem respeitado e cumprido os prazos exigidos: enviou a pauta de reivindicação aprovada em assembleia pela categoria à Codesp e os ofícios solicitando formalmente a abertura das negociações. O que percebemos é que hoje quem está designado para tratar da negociação salarial não conhece os caminhos tradicionalmente percorridos nem os trâmites legais que devem ser cumpridos na relação capital x trabalho”, ressalta.


Realinhamento

Em assembleia realizada no dia 31 de maio, a categoria aprovou o envio de documento para a Codesp cobrando um prazo para o envio de proposta sobre o realinhamento salarial.

Everandy Cirino destaca que reconhece que é prerrogativa da empresa fazer o realinhamento salarial, desde que não haja alteração na relação capital/trabalho. “Defendemos que a Codesp apresente uma proposta ao sindicato explicando detalha­damente todos os prós e contras dessa implantação”, finaliza o sindicalista.



FONTE: .http://www.portalnaval.com.br/

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